O “PET” Morre Pela Boca!
Opa! Acho que houve um engano aí… não seria o peixe?
Não há engano. É isso mesmo. Apesar da diferença no contexto, nossos amiguinhos pets podem sofrer de males causados pelo descuido com a saúde bucal, o que algumas vezes, podem acarretar a morte do animal.
Doenças como renais, cardíacas, ansiedade, etc, que parecem ter outras origens, podem ter sido provocadas por um mal que muitos poucos proprietários se atentam: o Tártaro.
Parece meio improvável, não é? Mas se analisarmos com cuidado as consequências deste problema, podemos facilmente entender a importância de se manter uma manutenção periódica na saúde bucal de nossos pequenos companheiros.
O que é? E como surge?
O tártaro surge pelo acúmulo de restos de comida na boca dos pets, quando há ausência de higiene bucal, resultando em uma placa bacteriana de alto poder destrutivo para o organismo deles.
As bactérias da placa se proliferam e produzem toxinas que causam a gengivite, uma inflamação que pode disseminar doenças por todo organismo do pet, por isso, é extremamente necessário atentar-se aos perigos e diversos problemas a que, o tártaro, os expõe.
Geralmente a doença não é vista com a devida atenção e caso não seja supervisionada por profissionais especializados, pode provocar perda precoce dos dentes, causar doenças infecciosas graves que podem acometer órgãos vitais como rins, pulmões e coração.
Uma dessas doenças é a meningite que pode tornar-se uma infecção generalizada, caso a bactéria alcance um vaso sanguíneo e se espalhe para todo o organismo.
Há sinais? Como identificar?
Sim, há sinais claros da presença do tártaro em pets:
A placa amarela e calcificada, formada por bactérias, é bem visível e fácil de ser notada;
O mau hálito ou halitose, causado pela proliferação das bactérias, também reforçam os indícios;
Há também o cansaço/fadiga que acomete o mesmo em repouso;
Intolerância a exercícios: dificuldade para praticar corrida, caminhada ou qualquer esforço físico;
Dificuldade para urinar. Isso pode sinalizar que os rins já foram afetados;
Dificuldade para se alimentar. Ele sente fome, tenta, mas não consegue se alimentar, isso se dá devido a dor;
Sangramento na gengiva;
Agressividade, irritação, mudança de comportamento, provocadas pelo desconforto e dor;
Trata-se de uma doença preocupante?
Óbvio que sim, não é somente a alegria e bem-estar de seu pet que são comprometidos, o tártaro expõe um grande risco à sua saúde.
Além do mau hálito, dificuldade na trituração dos alimentos e o risco de perder os dentes.
O tártaro é a porta de entrada para bactérias mais fortes que conseguem chegar aos órgãos como coração, fígado e rins.
Essa infestação por bactérias pode até ocasionar a morte do pet.
É importante lembrar também, que os rins sofrem efeito cumulativo e uma vez lesionados, ficarão com sequelas irreversíveis e terão seu funcionamento limitado e reduzido pelo resto da sua vida.
E o tratamento?
O tratamento pode ser simples e tranquilo, desde que seja executado por um veterinário capacitado.
A remoção das placas bacterianas é relativamente simples e rápida, realizada em todos os dentes e dura cerca de 30 a 40 minutos (remoção e polimento).
Todos os pets devem ser avaliados através de exames pré-operatórios.
Caso não seja indicado o procedimento por alguma alteração nos exames, o profissional indicará tratamentos tópicos, afim de amenizar os efeitos do tártaro.
Atenção: É muito importante que o tratamento seja executado por um profissional capacitado. Há situações em que, na necessidade de remoção de algum dente, possa ocorrer fratura no maxilar, agravando o quadro do paciente e acarretando novos problemas para o seu amiguinho.
O despreparo do Clínico Veterinário pode acarretar complicações graves e o que poderia ser facilmente tratado, toma proporções preocupantes e desagradáveis.
Após o procedimento, é importante seguir as recomendações médicas: usar medicamentos conforme a prescrição; pastas e sprays antissépticos específicos e voltar para as avaliações agendadas.
Prevenir sempre!
Existem alguns petiscos , pastas de dentes e spray que auxiliam na prevenção, porém, é importante ressaltar que estes alimentos não removem tártaro já fixado, apenas previnem a formação, caso o pet ainda não esteja com o problema. Apenas o Médico Veterinário pode remover o tártaro do seu pet.
A forma tradicional de prevenir, é a escovação dos dentes, pelo menos três ou duas vezes por semana. Não utilize pasta dental ou qualquer outro produto para humanos em seu pet, isso pode causar intoxicações.
Fale com o veterinário e peça orientações sobre os produtos (spray antisséptico, creme e escova dental) mais indicados e seguros ao seu animalzinho.
Tente fazer da escovação, um momento prazeroso e divertido, associando com brincadeiras, brinquedos, carinho. Depois de estabelecida a rotina, pode tornar-se um ato mais fácil e natural.
Caso não consiga realizar a escovação, procure ajuda especializada. Aqui na Doctor Zoo, realizamos esse procedimento durante o banho, basta trazer o kit de higiene bucal. Caso ainda não o tenha, consulte nossos atendentes.
Conclusão
O cuidado com o seu pet vai além da estética e vacinas. Detalhes que às vezes passam desapercebidos podem significar a sobrevida e a convivência com seu amigo por muito mais tempo.
Mantenha uma rotina de visitas periódicas a seu veterinário, para que ele possa avaliar a saúde de seu companheiro e seja a voz que te orienta de como está a saúde o seu amigo.